quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cristiano Ronaldo – Apresentação no Real Madrid

MADRID - Bem diferente do que foi a apresentação do brasileiro Kaká na semana passada, a chegada do português Cristiano Ronaldo ao Real Madrid, nesta segunda-feira, foi marcada pelos assuntos polémicos e extra-campo. Depois de ser recebido no Estádio Santiago Bernabéu por cerca de 80 mil pessoas - público que superou a chegada de Kaká (aproximadamente 50 mil) -, o ex-astro do Manchester United se esforçou para manter a calma na longa entrevista colectiva.
No início, o atacante ainda teve tempo de comentar sobre a emoção de vestir a camisa do Real. "É um sonho para mim. Entrar neste estádio, pensei muito na minha família, foi como um sonho para mim", afirmou. "Sempre foi algo que ambicionei jogar aqui. É um momento especial", continuou. "Senti que as pessoas têm muito carinho e que preciso retribuir da melhor forma. Eu sei que a pressão que tenho é maior agora, mas eu sou uma pessoa ambiciosa e confiante."

Depois, já teve que responder perguntas sobre a necessidade de corresponder aos 94 milhões de euros (cerca de R$ 256 mi) pagos pelo Real Madrid por ele, que totalizaram a contratação mais cara do futebol. "Para ter os jogadores tem que pagar. Vou demonstrar que a decisão que tomaram foi a mais correcta. Fico feliz por ser o jogador mais caro da história, e vou tentar demonstrar que pagaram um preço justo por mim", prometeu o atleta de 24 anos.

Daí foi a vez de Cristiano Ronaldo fugir sobre as polémicas com seus novos companheiros de clube. Primeiro foi com o técnico chileno Manuel Pellegrini. "Se está aqui é porque é um bom treinador. Joguei algumas vezes contra o Villarreal e foi muito difícil", comentou, lembrando a ex-equipe de Pellegrini. Logo depois, se colocou à disposição para actuar onde o técnico achar melhor. "Prefiro jogar pela lateral, mas se tiver que jogar no ataque, é questão de adaptação."
Quanto aos jogadores, evitou citar algum em especial. "Para mim é um privilégio jogar aqui, junto com todos que estão aqui. Todos, pelo menos a maioria, são bons jogadores. Estou muito contente", afirmou. Sobre Kaká, também foi político. "Vai ser bom (o relacionamento), pelo que eu conheço dele me agrada", disse, para depois também elogiar o atacante Raúl, atleta do Real há 15 anos. "Acho que não vou ter problemas. Vou fazer amigos aqui", concluiu.

Conhecido por ter uma vida pessoal agitada, sobrou para Cristiano Ronaldo comentar até a respeito de como será seu comportamento em Madri. "Vou continuar trabalhando da mesma forma, independente de estar em Madri ou Manchester", explicou. "Isso para mim é tranquilo, tento me concentrar o máximo no futebol, e aqui não vai ser diferente." No fim, ainda foi pragmático sobre usar a camisa 9 no novo clube. "Os números não jogam. Sete, nove ou dez, quem vai jogar sou eu."